Mais uma vez a personalidade forte da personagem me contagiou e surpreendeu, já que é muito difícil encontrar romance de época onde a mulher tem tanto orgulho e é segura de si. Mary Balogh consegue deixá-las graciosa e ao mesmo tempo forte de um jeito que nos deixa intrigados e curiosos por mais. A história começa com uma simples viagem de Judith para a casa dos tios onde foi convidada para morar aliviando, assim, os gastos dos pais que lidavam com um filho que perdia quase tudo em apostas. Porém essa viagem se torna uma aventura da qual ela nunca esquecerá.

A diligencia que a levava sofre um acidente na estrada deixando todos sem ter o que fazer a não ser esperar alguém passar. Rannulf estava indo visitar a avó quando passou pelo local e viu o acidente, no momento que colocou os olhos em Judith decidiu que a queria aquela noite, ele ofereceu levá-la até uma estalagem onde pediria para buscarem os outros passageiros. Ambos se apresentaram com nomes diferentes acreditando que seria apenas uma aventura e que nunca mais se veriam, portanto não teria problema. E outro detalhe que gosto da escritora, ela não fez os personagens masculino ícones da beleza, não, Mary Balogh fez os homens dos dois livros com características tão normais quanto a todos, por exemplo, o nariz proeminente deles que é de família.

O plano dos dois de se entregar por apenas uma noite começa a mudar, mas afinal quem não pensaria duas vezes ao ter um pouco da vida tão sonhada em suas mãos e depois ter que largar, assim do nada? Judith brincou de ser atriz, atuou para Rannulf o fazendo querer mais dela, mas ao perceber que a situação estava mudando ela vai embora, sem ao menos dizer adeus à ele. Judith acaba se tornando uma criada na casa dos seus tios que fazem de tudo para esconder a beleza dela dos olhos dos futuros pretendentes de Juliane que está na época de escolher um marido.

Judith e Rannulf nunca poderiam imaginar que naquela fatídica noite estavam seguindo caminho para o mesmo lugar e que seriam vizinhos. E muito menos que ele estava indo para cortejar sua prima. Durante os reencontros eles vão criando um laço de amizade, afinal só eles conseguiam entender muito bem um ao outro e se sentiam a vontade um com o outro, a paixão, o desejo e principalmente o amor vai crescendo dentro deles a cada página do livro. Judith orgulhosa do jeito que era negava toda e qualquer aproximação dele dizendo que eram de classes diferentes e que ele nunca poderia gostar ou casar com alguém como ela.

No final Rannulf se torna novamente o herói ajudando-a a resolver um problema com seu irmão e as joias de sua avó e é assim que Judith conhece a família Bedwyn e a conquista mesmo sem querer. Da mesma forma que gostei do primeiro livro eu gostei desse, pois em épocas em que se casavam por dotes ou por títulos, os personagens dessas duas histórias se casaram por amor e que a felicidade vem acima de tudo. Os laços familiares entre os irmãos Bedwyn são incríveis e mostra como deve ser uma família que se apoia. Agora estou realmente esperando ansiosamente para ler o terceiro livro.

”[…] O amor não é físico, mental ou emocional. É maior do que qualquer uma dessas coisas. É a verdadeira essência da própria vida, não concorda? Esse grande mistério que não se pode expressar, que passamos a compreender melhor através da descoberta do ser amado.”

Após sofrer um acidente com a diligência em que viajava, Judith Law fica presa à beira da estrada no que parece ser o pior dia de sua vida. No entanto, sua sorte muda quando é resgatada por Ralf Bedard, um atraente cavaleiro de sorriso zombeteiro que se prontifica a levá-la até a estalagem mais próxima. Filha de um rigoroso pastor, Judith vê no convite do Sr. Bedard a chance de experimentar uma aventura e se apresenta como Claire Campbell, uma atriz independente e confiante, a caminho de York para interpretar um novo papel. A atração entre o casal é instantânea e, num jogo de sedução e mentiras, a jovem dama se entrega a uma tórrida e inesquecível noite de amor. Judith só não desconfia de que não é a única a usar uma identidade falsa. Ralf Bedard é ninguém menos do que lorde Rannulf Bedwyn, irmão do duque de Bewcastle, que partia para Grandmaison Park a fim de cortejar sua futura noiva: a Srta. Julianne Effingham, prima de Judith. Quando os dois se reencontram e as máscaras caem, eles precisam tomar uma decisão: seguir com seus papéis de acordo com o que todos consideram socialmente aceitável ou se entregar a uma paixão avassaladora?