Nesse livro vemos um Jace vulnerável com a descoberta sobre quem é o seu pai, e de que finalmente a única garota que despertou algo nele acabou se tornando sua irmã e ele tem que lidar com todos esses sentimentos de uma só vez, somado com a desconfiança de Maryse Lightwood sobre sua lealdade e o expulsando do Instituto.

Ao meu ver, essa parte da história foi bastante focado em Jace e no seu desenvolvimento de caráter quanto as suas decisões. Cassandra Clare fez de um jeito que, mesmo vendo o quanto ele era leal aos seus amigos e família, às vezes nos questionávamos sobre qual decisão tomaria, afinal era apenas um garoto que buscava uma base, um pai, ou pelo menos a imagem de um.

Agora, um personagem que para mim foi o principal desse segundo livro, foi Luke. Com sua imagem paternal todos que precisaram acabam recorrendo à ele em busca de uma figura sólida em quem podem confiar e sabe que Luke sempre tomará as decisões sábia em busca de protegê-los, igual um pai faria. Ele se torna um porto seguro.

“Quando você realmente ama alguma coisa, nunca tente conservá-la do mesmo jeito para sempre. Precisa deixá-la livre para mudar.”

Todos os personagens começam a evoluir e ter seu caminho traçado na história. Simon se transformando em vampiro e finalmente arriscando em tentar um relacionamento com Clary. As breves e pequenas insinuações sobre Alec e Magnus que já dão asas a nossa imaginação e, finalmente a inquestionável lealdade de Alec e Izzy à Jace.

Nessa resenha não fiquei contando muito o desenrolar da história porque o que sobrou para mim de importante foi o desenrolar das relações entre os personagens. A confiança conquistada, a coragem de desafiar quem quer que fosse quando tinha certeza que estava fazendo o certo e principalmente o amor que existe entre eles e que aos poucos está sendo descoberto.

No mundo dos Caçadores de Sombras, ninguém está seguro. E agora que Clary descobriu fazer parte do perigoso Submundo, sua vida nunca mais será a mesma. Jace, seu recém-descoberto irmão, está cada vez mais impossível, e não parece medir esforços para enfurecer a todos. E sua atitude de bad boy não ajuda em nada quando, após o roubo do segundo dos Instrumentos Mortais, a Inquisidora aparece no Instituto para interrogá-lo... Agora Jace é suspeito de ajudar o pai, o perverso Valentim, num plano que vai colocar em risco não só Idris ou o Submundo, mas toda a cidade de Nova York. E Clary não pode deixar de se perguntar: será que as ironias de Jace são só uma forma de chamar atenção, ou também pode haver uma traição por trás de tanto mistério?