Tentar falar sobre um livro sem dar muito spoilers é difícil quando se trata do terceiro livro da série. Então vou tentar me ater ao que achei sobre tudo o que aconteceu no transcorrer do livro. Pensei que finalmente as coisas começariam a andar nesse livro, depois de tudo o que se passou nos dois primeiros achei que iria ser um “boom” de acontecimentos, mas na minha opinião só aconteceram dois que foram marcantes.

Eu não, tem algo em Clary que não me deixa gostar dela, vamos dizer que a acho um personagem muito “mimimi”. A minha primeira opinião sobre ela o tempo todo é que ela é egoísta. Em todas as situações a primeira coisa que vem na cabeça dela é o que ela precisa, o que vai ser necessário para ela e o que vai ajudá-la, nunca pensa nas consequências dos seus atos e não vê que por isso pode acabar prejudicando pessoas que ama.

Jace e Clary continuam lutando contra o amor que sentem um pelo outro, tentando transformar em amor de irmão, mas isso é algo impossível. Por outro lado, há muita coisa acontecendo além do casal e não temos a chance de aprofundar muito pois a história é focada somente neles, dando poucas oportunidades para os outros personagens se destacarem. Gostaria muito de ver o desenvolvimento do personagem de Alec, porque tudo o que vemos é ele assumir seus sentimentos por Magnus e parecer que o peso do mundo saiu de suas costas, mas sempre pelo ponto de vista de Clary ou Jace. Não conseguimos saber de fato como eles se sentem e isso faz tudo parecer que aconteceu muito fácil, o que não foi.

Muitas coisas ficaram no ar durante esse livro, como o que aconteceu de fato com Max, como Isabelle conseguiu sobreviver quando Sebastian tinha certeza que a tinha matado. Como de repente Simon virou o queridinho de Maia e Isabelle. Muitas respostas que eu gostaria de ter, mas como o foco do livro não é neles a dúvida fica no ar.

Novamente Luke foi o principal personagem desse livro, a “estrela”, com certeza ele nasceu para ser um líder e consegue mudar a cabeça retrógrada da Clave fazendo com que o ouvissem, com a ajuda de Clary eles convencem os caçadores de sombras a lutarem lado a lado com os “downwolders”, algo que aumentou a chance deles na batalha contra os demônios invocados por Valentim. Luke quem salvou a cidade no primeiro ataque de Valentim e ele quem lutou para salvar a cidade novamente no final, ele merece todas as honras desse livro.

Eu não queria, mas preciso fazer um comparativo com a série nesse final. Entendo que quando os livros são adaptados para cinema ou televisão é necessário fazer algumas alterações para, digamos, atrair mais a atenção das pessoas, e como eu assisti a série antes de ler esse livro acabei achando a cena (contem spoiler) da morte de Valentim meio sem graça no livro, porque é claro, estava esperando ansiosamente o desenvolvimento do personagem da Clary onde ela deixasse de ser aquela garota “mimimi” e agisse com a coragem que sempre faltou em Jace quando se tratava de enfrentar o pai.

Sim, estou ansiosa para ler os próximos livros, pois quero ver como vai desenrolar agora a história onde os casais já estão formados e os desafios agora são outros. Então podem contar que as próximas resenhas logo chegam.

“- Porque você pediu. – Silenciosamente, traçou os contornos do rosto dela com os dedos, como se estivesse se certificando de que ela era real. – Podia ter pedido qualquer coisa no mundo, e pediu a mim, por mim.

Sorriu para ele. Por mais que estivesse imundo, coberto de sangue e terra, era a coisa mais linda que já tinha visto.

– Mas não quero mais nada no mundo.”

Clary está à procura de uma poção para salvar a vida de sua mãe. Para isso, ela deve viajar até a Cidade de Vidro, lar ancestral dos Caçadores de Sombras, criando um portal sozinha. Só mais uma prova de que seus poderes estão mais sofisticados a cada dia. Para Clary, o perigo que isso representa é tão ou menos assustador quanto o fato de que Jace não a quer por perto. Mas nem o fora de Jace nem estar quebrando as regras irão afastá-la de seu objetivo: encontrar Ragnor Fell, o feiticeiro que pode ajudá-la a curar a mãe.