O ano de 2018 começou como um dos anos que estou mais organizada referente às minhas leituras, então decidi fazer um cronograma e assim colocar os primeiros livros aqueles que estão “parados” na minha estante já há um bom tempo. O Diário de Bridget Jones eu comprei em 2015 meio que por impulso, e depois vi que o gênero se assemelha muito a outro livro que eu não gostei muito, então acabei sempre empurrando a leitura para depois.

Mas ao começar a leitura percebi que me enganei, pode ser também porque estou em outra fase da minha vida e que agora faz sentido para mim ler esse tipo de história. O livro me surpreendeu muito e me agradou, tanto que li muito rápido e em dois dias já tinha terminado. A escritora tem uma escrita leve e simples que faz você correr rapidamente as páginas, mesmo a minha edição sendo de bolso com as letras minúsculas.

Chega de enrolação e vamos ao que interessa não é mesmo? Comecei adorando as notas de inicio de cada capítulo, um breve resumo de como foi o dia dela, dando um tom cômico e me faz pensar que Bridget sente aquele peso na consciência por fazer as coisas e mesmo assim conta aquelas mentirinhas para amenizar o seu sofrimento. Ela é uma solteirona na casa dos trinta em busca loucamente de um namorado e começa com uma queda pelo seu chefe Daniel, no meu ponto de vista ele é um canalha e a trata como lixo, mas ela se vê apaixonada por ele e só consegue vê-lo como perfeito. Durante todo o relacionamento deles é perceptivo os traços de machismo nele, infelizmente algo que ainda é bem presente na sociedade.

“É de conhecimento universal que, quando uma parte da sua vida começa a ir bem, outra cai espetacularmente em pedaços.”

Bridget é aquele tipo de mulher neurótica com tudo o que causa varias situações engraçadas no decorrer do livro, e é sendo assim que ela desconfia de Daniel e finalmente abre os olhos percebendo que de fato Daniel não vale nada. Porém mesmo ela descobrindo que ele a traía acaba sempre pensando que ele vai ligar arrependido e que vai escolher ficar com ela, o que mostra um pouco a falta de amor próprio.

Durante todo esse tempo Mark Darcy estava rondando, surgiu como um potencial pretendente que a mãe dela meio que jogou no seu caminho, longe da figura de Daniel, ela decide que deve arriscar se envolver com Mark, porém quando as coisas começam a se desenrolar entre eles, a mãe louca e surtada de Bridget se envolve em um escândalo e Mark resolve salvar o dia, mostrando para Bridget que ele é o candidato ideal para ela.

Inteligente, sarcástico, hilário, atual. Estas são as características que fizeram de O diário de Bridget Jones um grande sucesso de vendas. Escrito na forma de diário, o romance relata um ano na vida de Bridget Jones, uma solteira de trinta e poucos anos, que luta com todas as forças para emagrecer, encontrar um namorado, parar de beber e largar o cigarro. Uma história aparentemente comum, mas narrada em estilo impecável e com extrema sensibilidade pela jornalista britânica Helen Fielding. Bridget trabalha em uma editora, mora sozinha, é apaixonada por seu chefe e cultiva o hábito de conversar com amigas que, em torno de uma mesa de bar, sempre têm soluções teóricas para todos os problemas. É impossível ler este diário e não se identificar com a protagonista. O mundo está mesmo repleto de Bridgets.