Uma surpresa boa foi ter lido esse livro, não é segredo para ninguém que sou apaixonada por romance de época e cada vez que descubro um novo é maravilhoso. Romance com o Duque foi meio uma surpresa para mim, pois tive  que ler meio as pressas por causa da bienal, já que ia conhecer a autora e logo na metade da leitura ele já tinha se tornado o meu favorito, muito pela força dos personagens e a forma como Tessa Dare deu importância a pequenas características deles. Foi legal ler um romance onde os protagonistas não são belos e maravilhosos, esculpidos pelos anjos, da forma que são descritos possuem características muito diferentes do habitual que lemos.

A história tem alguns traços que lembram “A Bela e a Fera”, a diferença é que a protagonista se acha “feia” e “comum” e acredita que nunca vai ter a chance de viver o seu grande amor, ou ter  o seu primeiro beijo porque ninguém vai se interessar por ela devido a sua falta de beleza. Em contrapartida Ransom se vê perdido na beleza dela e tudo que ela desgosta nela, para ele é maravilhoso. Izzy é uma mulher muito forte e a frente do seu tempo, apesar de tentar manter as convenções ela não abre mão daquilo que quer principalmente se acha que será sua única oportunidade de viver uma noite quente com o duque mal humorado e indecente.

Ransom é um duque que vive recluso no seu castelo depois de perder um duelo e quase morrer, levou muito tempo para que conseguisse se recuperar e voltar a sua força física, porém como sequela ele perdeu a visão. O seu mundo vira de cabeça para baixo quando Izzy bate na porta do castelo e recebe a notícia de que o seu castelo tinha sido vendido e agora pertencia à ela. As interações entre eles são sempre divertidas e surpreendentes, ele é sempre grosseiro, falando obscenidades para afastá-la enquanto ela sempre o tratava com carinho e atenção.

Ele a queria longe mas na primeira oportunidade estava com as mãos nela, o romance entre eles é algo que vai se desenrolando na medida certa, para prender a nossa atenção e fazer com que parar de ler somente quando muito necessário. Aos poucos, com as reviravoltas da história o duque mal humorado percebe que por mais que queira se manter isolado do mundo, tem pessoas que ainda se importam com ele.

“Era tão estranho a ele, aquele carinho espontâneo. Incompreensível. E por mais que ele desejasse, aquilo o assustava como o capeta.”

O mais legal da história é que mesmo naquela época as mulheres não terem tanta voz ativa e não serem levadas a sério a heroína desse livro, que salva o mundo no final do dia é Izzy Goodnight, com suas histórias de contos de fadas faz com que até o duque se apaixone por ela e suas histórias, fazendo finalmente ela viver o seu “felizes para sempre.”

A doce Isolde Ophelia Goodnight, filha de um escritor famoso, cresceu cercada por contos de fadas e histórias com finais felizes. Ela acreditava em destino, em sonhos e, principalmente, no amor verdadeiro. Amor como o de Cressida e Ulric, personagens principais do romance de seu pai. Romântica, ela aguardava ansiosamente pelo clímax de sua vida, quando o seu herói apareceria para salvá-la das injustiças do mundo e ela descobriria que um beijo de amor verdadeiro é capaz de curar qualquer ferida. Mas, à medida que foi crescendo e se tornando uma mulher adulta, Izzy percebeu que nenhum daqueles contos eram reais. Ela era um patinho feio que não se tornou um cisne, sapos não viram príncipes, e ninguém da nobreza veio resgatá-la quando ela ficou órfã de mãe e pai e viu todos os seus bens serem transferidos para outra pessoa.
Até que sua história tem uma reviravolta: Izzy descobre que herdou um castelo em ruínas, provavelmente abandonado, em uma cidade distante. O que ela não imaginava é que aquele castelo já vinha com um duque...