“Nós somos o que acreditamos que somos” — Kevin Wendell Crumb + 23 (+1) personalidades

Essa frase não é somente uma de várias outras incríveis ditas em Vidro, mas também reflete toda essência da trilogia sobre capacidade dos seres humanos.

Desde o primeiro filme Corpo Fechado em 2000 Shyamalan tenta aproximar o distante do universo fantástico dos super-heróis da nossa realidade, brincando com a ideia “e se eles existem?” e como uma leitora de quadrinhos e fã de super-heróis acaba sendo quase impossível não apreciar essa trilogia que foi feita exatamente por alguém que aprecia o gênero.

Vidro começa traçando o primeiro encontro e inevitável embate entre as antíteses de “herói” e “vilão” culminando em uma contida exposição que leva ambos personagens para um hospital psiquiatrico ao encontro do antigo e conhecido “arquevilão” de Corpo Fechado, o Senhor Vidro.

A trama possui todo o arquétipo das histórias em quadrinho fato narrado pelo próprio Senhor Vidro diversas vezes durante o filme, enquanto se projeta como o próprio criador da história.

Apesar do filme ter sim pontos a serem criticados principalmente quando você pensa que coisas com grande pontencial foram deixadas de lado e também como o climax do filme e seu final poderia sim ter ocorrido de uma forma um pouco mais grandiosa, as críticas negativas da mídia especializado para mim foram exageradas.

No fim Vidro cumpriu seu papel ao reunir os três personagens principais e encerrar suas jornadas de maneira satisfatória, isso não quer dizer que esse seria minha escolha de final. Porém, a sensação bittersweet (agridoce) consegue ter seu charme e te deixar pensativa com um gostinho de possibilidades para esse universo criado.

Info: Vidro (Glass) estrelado por Samuel L. Jackson, Bruce Willies e James McAvoy estrou nos cinemas na última semana e encerrou a triologia do diretor M. Night Shyamalan iniciada em 2000 com o filme Corpo Fechado (Unbreakable) e seguida somente em 2017 por Fragmentado (Split).