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Séries

Chernobyl (2019) | Crítica – Minissérie

02 setembro, 2019 por

Lembro-me de quando era pequena e ouvia em programas de TV que meu pai assistia sobre energia nuclear e todo seu potencial, mas só fui realmente entender esse potencial muitos anos depois em um trabalho escolar sobre Chernobyl. O acidente marcou uma geração, mas infelizmente, não somente por conta dos meios de comunicação mais escassos da época, mas também pelas mentiras de um governo em conflito mundial, se torna difícil mensurar os níveis reais das consequências do acidente.

Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, o reator nuclear número 4 da Usina Nuclear de Chernobyl explodiu depois de uma série de erros estúpidos por parte do governo soviético e não obstante disso a negligencia das autoridades em reconhecer os perigos do acidente demorou a tomar medidas para proteger e alertar a população não só da cidade mais próxima, Pripyat (atualmente abandona e inabitável), mas também do mundo.

Devo admitir que fiquei impressionada com o roteiro de Craig Mazin (diretor de Se Beber Não Case II e III, e de Todo Mundo em Pânico 3 e 4), extremamente preocupado em nos passar detalhes da verdadeira história, não deixando em foco somente a Usina, mas também abrindo nossas mentes para os acontecimentos exteriores dela, como os trabalhadores, bombeiros, mineiros, civis e até mesmo os pobres cachorros que tiveram de ser sacrificados. Nesse meio pudemos acompanhar a história de Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley), esposa de um dos primeiros bombeiros no acidente, a quem eu confesso que adquiri ao longo dos episódios uma séria aversão. A cada ordem dos médicos de não encostar no marido ou não ultrapassar a cortina de plástico que ela ignorava, eu respirava fundo para não gritar e tentava entender o lado emocional da cena.

No que diz respeito ao elenco não há comentários negativos a serem postos aqui, a escalação dos atores foi ótima. Em especial Jared Harris, com sua incrível interpretação de Valery Legasov, deixando transparecer um cientista cada vez desiludido com seu país e seu governo. E, também, a Stellan Skarsgård dando vida ao Boris Shcherbina, a única autoridade do governo soviético a deixar a arrogância de lado e entender a magnitude do desastre.

A série como um todo é fenomenal, fotografia, efeitos visuais, ambientação, a maquiagem chegava a ser assustadoramente real ao reatratar os efeitos da radiação, chegava a causar aflição e além disso, a forma como ela foi detectada de maneiras diferentes ao longo da série, desde o gosto metálico na boca até a poeira carregada no vento, incrível como a série retrata que não é só com um Medidor Geiger que se retrata essa detecção. E a direção de Johan Renck também foi impecável, principalmente no que foi um dos momentos mais tensos de assistir, aqueles 90 segundos de limpeza no telhado tão radioativo quem nem a máquina mais tecnológica resistiu foram aflitivos, o diretor soube passar para o telespectador todo o medo e ansiedade que as pessoas sentiram.

Infelizmente Chernobyl é uma minissérie e conta somente com 5 episódios, mas garanto que são 5 horas de pura beleza e prazer. Bem didático, não deixa passar nada despercebido e os mais intrínsecos detalhes são esclarecidos. Uma verdadeira obra 10/10!

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