O que eu aprendi com a Flipop 2020?
Primeiro, tudo bem se não estamos sendo criativo agora, tudo tem o seu tempo dentro da nossa cabeça. Segundo, um leitor não é feito de clássicos, tudo bem você não gostar deles e se identificar com outras leituras. Terceiro, quando estamos rodeados por livros, não estamos sozinhos, temos todo um mundo para conversar.
Todas essas coisas foram ditas pelos participantes das mesas e me fizeram refletir junto com muitas outras coisas realmente importantes que foram ditas.
Como é participar de um evento literário online?
Minha primeira experiência com evento literário no geral foi na Bienal de 2018 em São Paulo, e foi magnífica para mim como eu imaginava que ia ser, tive até a oportunidade de ficar na fila de autógrafo da Tessa Dare. Agora com esse caos gerado pela pandemia onde tudo está tendo que ser reinventado estou tendo a oportunidade de participar de mais um evento no qual normalmente seria um pouco difícil eu ter acesso presencialmente.
Um evento literário acontecer no meio de uma pandemia de forma completamente online, reunindo vários escritores e mediadores ao mesmo tempo para trazer assuntos pertinentes ao público é algo que deve ser exaltado. Mostrando que os livros e a literatura devem ser mais inclusivos de todas as formas, tanto nas suas histórias como na sua edição, tem que chegar para todos e da forma correta, porque atualmente tem muitas pessoas que não tem o hábito de ler mas se interessa, então é necessário achar uma forma de manter essa pessoa interessada.
O evento me surpreendeu porque eu totalmente achava que era outra coisa, que se falava apenas do livro e da divulgação dele, minha surpresa foi, que nas mesas os assuntos giraram em torno do processo de escrever um livro, das experiências das pessoas que levaram à colocar a história no papel, como os autores se colocaram no mundo escrevendo coisas que eles sentiram falta de ler.
Vale muito a pena levantar assuntos ótimos para fazer nós como sociedade refletir em como anda a literatura no nosso país, estamos tendo acesso fácil? Os livros e as histórias conseguem chegar nas mãos de crianças? De ricos e pobres? Se alguma dessas respostas for NÃO temos muito ainda que nos conscientizar e transformar em um problema que precisa ser resolvido.
