Essa última semana acabei me empolgando sobre a adaptação de Bridgerton pela Netflix, e resolvi fazer uma releitura dos livros de uma das famílias favoritas da literatura.

Acredito que vocês leram o título e se perguntaram, como assim? Esse é o segundo livro. Pois é, eu não sou uma pessoa muito coesa com as minhas releituras. Simplesmente decidi começar pelo meu casal favorito, que é Anthony Bridgerton e Kate Sheffield. Obviamente esse também o meu livro predileto da série, afinal  é impossível não se apaixonar pelo romance entre Visconde libertino e a impertinente dama.

A trama se inicia quando Anthony resolve que chegou o momento de se casar, chocando os seus irmãos Colin e Benedict. Ao mesmo tempo, temos as irmãs Sheffield, Kate e Edwina, que chegam para sua primeira temporada de bailes em Londres.  Edwina é considerada a joia da temporada, com sua doçura e beleza deslumbrante, o que chama atenção do mais velho dos Bridgerton, que acredita que ela é a candidata perfeita para ser sua Viscondessa.

Anthony Bridgerton está decidido a não se casar com alguém que ele possa se apaixonar, e começa sua empreitada em cortejar a futura noiva. O grande problema é que a mais nova das Sheffield declara que se casaria somente com o pretendente que conseguisse a aprovação de sua irmã mais velha, pois apesar de viver na sombra da estonteante irmã, Kate possui uma inteligência memorável e não se impressiona facilmente.

Com a condição imposta,  e com ajuda de seu irmão Colin, o Visconde decide jogar todo seu charme para conquistar a aprovação da futura cunhada. O que ele não contava era com uma decidida Kate que conhecendo sua fama de libertino, o considera um verdadeiro patife e não o quer perto da irmã. O lorde fica desconcertado pela impertinência de Kate e sua língua afiada, que responde ao seu despudor e cinismo com sagacidade que rivaliza a sua própria.

No entanto, apesar das provocações e discussões épicas, ambos começam a perceber que talvez são mais parecidos do que acreditavam. Enquanto Kate percebe que o genioso Visconde é totalmente encantador e devotado à família e não, o sedutor arrogante conhecido pela sociedade londrina. Anthony descobre na ardilosa dama, uma preciosidade única envolta de sensibilidade e uma inacreditável fragilidade que a tornavam simplesmente perfeita para ele.

Em meio a uma competitiva partida de Pall Mall dos Bridgertons sentimentos conflitantes de admiração e raiva tomam conta, e Anthony se vê desejando intensamente a Sheffield “errada”. 

“E se eu ouvir mais uma bobagem da sua boca, vou amarrá-la a esta maldita cama e me satisfazer com você de mil maneiras diferentes, até enfim entrar na sua cabecinha idiota que você é a mulher mais linda e desejável da Inglaterra, e se nem todos veem isso, então são um bando de malditos tolos.”

 – O Visconde que me amava  

Julia Quinn

Claro que nada é fácil em uma história cheia segredos e dois personagens teimosos, atormentados pelos seus próprios traumas. Contudo, o destino com suas doses de ironia e pitadas de escândalo, coloca tudo no seu devido lugar e proporciona a oportunidade perfeita para Kate e Anthony poderem se entregar à paixão avassaladora que os consome.

O Visconde que me amava possui leitura tão fácil e agradável, que é difícil perceber um tema pesado como a superação de traumas é abordado sutilmente por Julia Quinn, que o faz de maneira brilhante. É um romance que nos mostra a importância de não deixar nossos medos controlarem a nossa vida e totalmente recomendado para todos aqueles leitores, sem receio de amar mesmo que tenha que enfrentar terríveis tempestades e voluntariosas abelhas.

A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.