Eu não sabia de quem seria a história nesse segundo livro da série, porém para a minha sorte é a do Vincent, o personagem que estava mais ansiosa para ler. Eu não lembro de já ter lido algum livro onde o personagem tem algum tipo de deficiência e nesse caso o nosso protagonista é cego, não foi algo que nasceu com isso e sim foi resultado de uma batalha na guerra e se quer saber foi bem tonto a forma que aconteceu.

Lidamos no começo desse livro com um forte preconceito das pessoas, não em julgá-lo pela cegueira, que também tem um pouco sim, mas as pessoas se predispõe a acreditar que por ele ser cego o rosto dele é desfigurado, então algumas pessoas sentem pena e outras simplesmente se recusa a conhece-lo como pretende a marido por esse fato. Mas não, o belo rosto do nosso Vincent não é desfigurado.

Ele tem apenas 23 anos na história e sua mãe e irmãs estão empenhadas a achar uma mulher para que ele se case e tenha alguém para cuidar dele, e com isso, ele acaba fugindo de casa para poder ter um pouco de paz, porque ele não quer se casar agora, é muito novo. E mesmo que se case cedo, quer alguém capaz de ter suas próprias opiniões e não simplesmente concordar com tudo o que ele disser, quer alguém que goste dele e que não tenha pena pela sua situação ou apenas está sendo obrigada a casar com ele pelo seu título de visconde.

O clichê desse livro é meio óbvio, entretanto é daquele tipo que faz parte e a gente espera que aconteça nos livros de romance de época. Casamento de conveniência. Conforme as coisas foram acontecendo eu torcia para que de fato isso acontecesse e assim que se desenrolou dessa forma me agradou que ele não foi retratado como um canalha e a nossa protagonista mesmo sendo um pouco inocente e ingênua tem ideias fortes e próprias e toma as decisões bem pensadas mesmo que ainda fique um pouco insegura, mas ela não tem com quem contar, nenhum familiar e amigos, então resta confiar e acreditar em Vincent.

O livro se tornou o meu favorito e vou dizer, é uma história tão doce, tão cheia de cuidados e de amor mesmo os personagens demorando para se dar conta. É lindo ver o cuidado que um tem com o outro o tempo todo. Vincent é um homem doce, parece um garoto dentro do corpo de um homem, parece até inocente às vezes em determinadas situações. Já Sophia aos poucos vai aprendendo a ter sua auto estima elevada, começa a acreditar que de fato é bela aos olhos de quem realmente importa e então lentamente vai se aceitando e construindo um círculo de pessoas ao redor que a querem bem, para quem no começo não tinha ninguém, passa a ter muitas pessoas dispostas a gostar dela.

Eu terminei de ler sem palavras, para explicar o meu sentimento enquanto lia, só que estava amando cada capítulo, que a escritora soube por no papel todos os sentimentos de forma que o leitor também pudesse sentir. Os dois protagonistas eram inseguros e os dois precisavam ser amados exatamente do jeitinho que eram. Ler esse romance trouxe um quentinho no coração, deixando uma sensação boa de alegria.

Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado. No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.