Sabe aquela sensação de quando você termina de ler um livro e não sabe como escrever ou falar sobre ele? Estou assim desde que li a última palavra da história. Eu poderia imaginar qualquer tipo de desenvolvimento dos protagonistas, todas as situações que poderiam acontecer no transcorrer da história. Menos a que de fato ocorreu, mais uma vez Tessa Dare surpreendeu ao criar o ambiente e os protagonistas, a escritora ela foge um pouco do óbvio, dos padrões do romance de época normal, apesar de gostar muito das outras escritoras, surpreende essa mudança.

Eu estava certa sobre a dica deixada no primeiro livro referente ao casal que seria retratado aqui em Uma Semana para se Perder, da mesma forma que aqui foi deixada uma outra dica do qual pode ser o próximo casal a ter sua história contada e só tenho uma coisa para dizer: estou muito curiosa.

Os protagonistas não são desconhecidos para nós, uma vez que foram apresentados no primeiro livro da série. Minerva é a segunda filha da família Highwood que permaneceu em Spindle Cover mesmo depois do término do verão. Ela é subestimada por todos, já que suas atenções estão sempre voltadas a um livro, ou a geologia que é o que ela de fato gosta de se envolver. Ela quer duas coisas: apresentar a sua descoberta em um simpósio na Escócia e impedir que Colin case com sua irmã Diana.

Seguindo esses dois princípios já podemos ver o caminho que essa história vai nos fazer percorrer, eu nunca imaginei que poderia ter uma aventura atrás da outra em um livro de romance de época onde o casal “teoricamente” não pode nem se tocar sem a supervisão de outras pessoas. Mas os dois acabam fugindo para a Escócia e de fato começam a viver suas maiores aventuras da vida no prazo de uma semana, não tem uma parte da viagem que eles não têm algum problema e tudo isso graças as mentiras que Colin usa para conseguir as coisas.

Durante essa viagem que de fato os dois começam a se envolver romanticamente, é claro, que isso iria acontecer. A forma como Colin sempre muda o nome da Minerva apenas para irritá-la, até chegar o ponto que ela desiste de corrigi-lo porque já se cansou. Como ele arruma um apelido carinhoso para ela, mas a escritora em nenhum momento fez com que ela questionasse o apelido. Eles vão se conhecendo em cada etapa da viagem, seus medos, suas inseguranças, e se tornando o porto seguro um do outro, fazendo a preocupação e a realização do sonho do outro se sobrepor até ao seu próprio bem estar, eu simplesmente amei como a escritora desenvolveu o romance entre eles.

Algo que acho muito importante destacar nessa história, sabemos que na época que passa o machismo era predominante, mas Tessa Dare criou um personagem desprovido de qualquer sinal dele, um homem que não se importa que a mulher seja superior intelectualmente à ele e torna isso uma brincadeira entre eles. Como a nossa protagonista se impõe na frente de personalidades importantes e mostra a sua voz e que ela deve ser ouvida, dessa forma que nossos escritores favoritos se posicionam dentro da sociedade que vemos quem devemos continuar apoiando.

A bela e inteligente geóloga Minerva Highwood, uma das solteiras convictas de Spindle Cove, precisa ir à Escócia para apresentar uma grande descoberta em um importante simpósio. Mas para que isso aconteça, ela precisará encontrar alguém que a leve. Colin Sandhurst Payne, o Lorde Payne, um libertino de primeira, quer estar em qualquer lugar menos em Spindle Cove. Minerva decide, então, que ele é a pessoa ideal para embarcar com ela em sua aventura. Mas como uma mulher solteira poderia viajar acompanhada por um homem sem reputação?