Hoje eu consegui acompanhar três bate papos que aconteceu na Bienal, que foram, Leitura na pandemia, Tecnologia da Informação da produção de livro: o papel da FMZ no mercado editorial e O Centenário da Ágatha Christie.

Foram assuntos bem legais levantados pelos participantes e tudo o que foi falado serve para nos orientar em cada processo da produção e comercialização do livro e vai dando um parecer do porquê o preço do livro hoje não é tão acessível, e que falta incentivo do governo para que chegue nas mãos de todos do país.

Na primeira conversa que aconteceu no Salão de Ideias, foi com as diretoras da Editora Arqueiro e Sextante, e imagina se eu amei, é somente a minha editora preferida e caí sem saber que seria com elas. Nesse painel foi muito conversado sobre como a editora resolveu agir perante a pandemia e como eles poderiam sobreviver com toda a programação que tinham para o ano de 2020 que precisou ser mudada e se voltar mais focada para o que o público queria consumir nesse período.

A primeira ideia que eles tiveram foi de fazer lives com autores internacionais e alguns que participaram foram: Dan Brown, Mary Balogh, Kristin Hannah, Julia Quinn, entre outras. Essas lives foram um sucesso, para quem já conhecia esses autores e também porque muita gente passou a conhecê-los e começar a ler títulos deles e gostar. Também alinharam lançamentos de livros com temas voltados a ajudar o público durante esse período mais complicado.

Depois elas comentaram do lançamento da nova coleção deles a Pop Chic que é a ideia de trazer um livro de “bolso” que tenha um valor mais acessível para as pessoas e já conta com dois livros esgotados. Essa edição vem sim com orelha, teve um trabalho todo preocupado com a diagramação, para que as letras não sejam pequenas e o espaçamento fosse bom, então vale a pena. Sinceramente, eu acabei dando uma olhada nos preços e achei bem similar com as edições normais, mas isso pode ser um problema do revendedor em si.

Já no segundo painel, sobre tecnologia de informação a conversa foi com Renato Martins da empresa FMZ, responsável por um programa que engloba todo o processo do mercado editorial desde a editora, distribuidora e livrarias, serve também para empresas de qualquer porte e está sendo sempre atualizada de acordo com as novidades do mercado.

Mais uma vez foi ressaltada a importância das livrarias aderirem ao mercado digital para a venda dos livros, como uma forma de mandar a lucratividade pois hoje é essencial. Esse programa nasceu dentro de uma editora e é o objetivo principal da empresa, ser voltado mesmo para o mercado editorial.

O maior desafio que eles enfrentam é a falta de infraestrutura tecnológica das livrarias que ainda estão muito relutantes em aderir a tecnologia necessária para gerir o negócio. E quem aceita quer uma mudança muito rápida, sendo que toda mudança não acontece assim. A pandemia afetou um pouco, porque muitas empresas já estavam preparadas com atendimento virtual.

E por último foi a conversa sobre o Centenário da Ágatha Christie, que reuniu escritores fãs da autora e que inspiraram nela para os seus livros. Nesse bate papo comentaram a importância da escritora para o gênero de romance policial e que mesmo sendo escrita em épocas tão antigas ela continua atual, pois todos os seus personagens podem ser relacionados com alguém do presente.

Ressaltaram as qualidades dela de levantar questões importantes, que eram comuns na época com sutileza, como se colocasse o dedo na ferida de uma forma que não parecesse uma crítica, mas hoje a gente lê e vê como uma. Exemplo: machismo e xenofobia.

As conversas de hoje foram muito boas e aproveitáveis, queria ver mais gente comentando e divulgando, pois eu estou aprendendo muito com essas conversas.