Ontem não teve resumo diário da Bienal pois eu não consegui acompanhar o evento, mas hoje trouxe experiências positivas e outras um tanto controversas. Acompanhando na sala Papo de Mercado, teve uma conversa sobre Influenciadores Digitais e seu papel no mercado do livro, onde 10% do tempo foi utilizado por uma influenciadora para contar sua experiência com isso e sobre como ela enxerga as parcerias e os outros 90% do tempo ensinando como autores e editoras se auto divulgarem sem a ajuda dos influenciadores.

A conversa girou em torno principalmente de blogs e de como mesmo com o tempo e com novas redes sociais surgindo, ele se mantem, pois como resultado de busca é sempre ele que irá aparecer, porém a forma de se divulgar é diferente em todas as redes e é necessário aprender “a se vender” em cada uma delas. Mesmo as redes sociais sendo a principal fonte de informação dos influenciadores e de divulgação ela foi usada nessa conversa muito mais como uma ferramenta de auto divulgação do autor do que a intensão de usar os influenciadores de fato.

Porém a influenciadora que participou dessa conversa (eu não conheço), ela foi muito cirúrgica em relação às editoras e a busca delas para parceiros, uma vez que foi citado que algumas delas se baseiam no conteúdo do influenciador que mais se aproxima do material divulgado, mas que existem aquelas que se baseiam em números e não na experiencia e público do influenciador escolhido. Acredita que deve ser um processo mais orgânico, números são importantes, mas não deve ser o que chama a atenção em uma parceria.

Depois, na parte da tarde teve na Arena Virtual uma conversa sobre Adolescencia LGBT + com a Luiza Souza (Ilustralu) e Abdi Nazemian (Tipo Uma História de Amor) mediada por Vitor Martins. E essa conversa foi simplesmente maravilhosa, adorei conhecer o escritor, ele é uma pessoa extremamente querida e simpática e assim, se eu já tinha vontade de ler o livro dele antes, agora então já estou com um dedo pronto para clicar e fazer a compra. A Luiza também é maravilhosa, ilustradora e criadora do quadrinho Arlindo que vai ser publicado agora em 2021 e já faz um enorme sucesso.

Eles falaram muito sobre suas experiencias quando jovens, em quem buscaram apoio e referencias, principalmente para escrever suas histórias. Claro que ambos falando de épocas diferentes devido a idade de cada um, principalmente de Abdi que veio do Irã e lá não existia a cultura gay. De como eles escolheram a ambientação de suas histórias como uma forma de voltar ao passado e se encontrar e também pelo sonho de estar lá, por ser um local com mais apoio.