Como ler um livro de novo depois de tantos anos e com outra mentalidade é uma experiencia completamente nova. Eu não lembrava que nesse volume da série a Mia era simplesmente insuportável e que eu não concordei com nenhuma de suas atitudes durante a história, e que não sei como na época que eu li consegui achar maravilhoso e dar uma nota tão alta. Não vou mentir, senti a mesma magia lendo, porém com outro ponto de vista.

Tem tantos pontos que eu gostaria de ressaltar aqui, mas acho que muitos deles seriam um spoiler enorme. Vou começar contando do que vai se tratar a história nessa parte, Mia voltou da Genovia e está indo se encontrar com Michael, só que ela não esperava ser surpreendida com a notícia que em cinco dias ele embarcaria para o Japão por um ano, para apresentar um projeto seu da faculdade que ajudará milhões de pessoas que precisam de uma cirurgia cardíaca. Então lidaremos com todo esse dilema da Mia de aceitar a partida dele.

O primeiro ponto que gostaria de ressaltar aqui, é como ela é egoísta a cada segundo que passa, pensando só nela, o que seria dela se ele fosse embora, que não importa o motivo e o quanto ajudaria esse projeto, que ela morreria se ele a abandonasse, então começa a ter ideias para impedi-lo de ir e tem a certeza que ele abandonaria um dos seus sonhos só porque ela estava pedindo. A questão aqui não é que ele faria isso por amor e tals, a questão é, Michael tem 19 anos descobriu algo realmente importante para o mundo e quer investir na sua vida profissional e acadêmica, e é somente por um ano, não a vida inteira. O que custava ela entender e ser compreensiva? Mas parece que tem 10 anos de idade fazendo birra.

Outra coisa, eu não consigo engolir a amizade da Lilly, o tempo inteiro está manipulando todas as situações para a Mia fazer o que ela quer e se isso acaba não acontecendo ainda fala coisas que deixa a garota mal. E pior ainda, Mia aceita tudo o que acontece dando a desculpa que esse é o jeito dela e que já se acostumou, e isso acontece com outras pessoas também.

Com tudo acontecendo temos a certeza de duas coisas nessa história, Kenny o namoradinho de Mia nos primeiros livros ainda gosta dela e J.P. entrou na jogada também e o engraçado é que todo mundo percebe isso menos a própria Mia. Acho que isso trará problemas futuros para o nosso casal favorito. E já está batendo a saudade com o final chegando.

Desta vez, tudo parece estar bem para Mia: conseguiu passar de ano e se livrou da responsabilidade de ser a presidente do conselho estudantil. Mas rapidamente ela percebe que o ano está longe de ser cor-de-rosa... A professora de Inglês a inscreveu na matéria de Introdução à Escrita Criativa, e todo mundo sabe que a Princesa da Genóvia quer mesmo é ser uma grande escritora no futuro — será que a sra. Martinez não vê que ela já sabe tudo sobre criatividade? Além disso, logo agora quando Mia achava que tinha se livrado de Álgebra e de Geometria, ela tem de aturar Pré-Cálculo! E, pelo amor de tudo que é genoviano, por que Lilly indicou-a para ser presidente do conselho de novo?! Mas nada disso se compara às novidades que Michael tem para contar… Tudo bem que Mia torce pelo sucesso do namorado, mas ele precisava inventar um protótipo de braço robotizado para cirurgias cardíacas tão perfeito que vai ser construído por uma empresa no Japão? O pior de tudo é que, com isso, ele ficará longe não por uma semana, nem mesmo por um mês — Michael vai morar no Japão por um ano inteiro, ou mais!