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Resenhas

Cartas para Martin – Nic Stone

24 maio, 2021 por

A gente sabe que esse tipo de coisa está presente e intrincado na sociedade, infelizmente, mas a forma como a escritora colocou no livro deixa muito explicito o quanto é difícil lidar com essa situação. Justyce passa por uma situação que se dizia impossível passar, pois ele estudava em uma escola boa, e estudava muito para ser um bom aluno, se esforçava para ser alguém na vida e só estava tentando ajudar a sua ex-namorada bêbada (branca) quando foi abordado pela polícia como se fosse um bandido.

É claro que ele ficou muito mexido com o que aconteceu, principalmente ao ter a certeza de que os direitos dos negros não eram os mesmos dos brancos apesar de estar no discurso da Independência, que sim, todos eram iguais. Incrível como na forma de um debate escolar a escritora conseguiu expor todos os problemas da sociedade em apenas três páginas do livro. Principalmente a parte em que os “amigos” falam que não são racistas mas são os primeiros a fazer piadinha ou comentário racista e mandar o outro “relaxar”.

É dolorido ver como mesmo tentando fazer as escolhas certas, ser aquilo que a sociedade espera ainda não é o suficiente para um rapaz negro ser tratado com o mesmo respeito, e vemos isso através do protagonista que se questiona a cada situação que passa, se adianta continuar tentando fazer tudo certo ou deve se entregar e procurar o grupo de pessoas que o aceitariam o fariam ser temido, como uma gangue.

Todos os acontecimentos do livro demonstraram que nós como sociedade estamos muito errados, a autora consegue construir um cenário tão real que parece que estou dentro da história, acompanhando a vida do Justyce de pertinho, passando por tudo o que ele está passando e sentindo as mesmas coisas. Ela conseguiu despertar no leitor todos os tipos de sentimento, de raiva, tristeza, indignação e muitos outros. E no final é como se já que as pessoas não são capazes de resolver e entender o universo vai conspirar a favor e já dá um acalento no coração.

Ver o caminho que o protagonista segue para conquistar o seu espaço, as duvidas que ele tem, e principalmente questionar a sua mãe por ela ter um preconceito ao qual eles sofrem diariamente, só mostra o quanto ele cresceu e foi em busca de se sentir completo e pronto para lutar pelo seu futuro. Gostei do fato dele se inspirar por Martin Luther King e escrever cartas para ele, que para mim nada mais é do que um diário necessário para ele passar pelas situações complicadas.

É difícil falar dessa história sem contar nenhum spoiler, eu acho que todos os acontecimentos desse livro são muito importantes para o desenvolvimento de todos os personagens e se eu falar de qualquer um deles aqui para vocês estragarei a experiência. Mas deixo aqui o meu pedido, por favor, leiam esse livro, nós precisamos entender a qual lugar do mundo nós estamos, precisamos entender o que as pessoas passam e como podemos mudar isso, precisamos acima de tudo entender nossos privilégios para poder entender como lutar pela igualdade.

Cartas para Martin – Nic StoneTítulo: Cartas para Martin
Autor(a): Nic Stone
Publicação: Editora Intrínseca
Ano de Publicação: 2020
Gêneros: Young Adult
Pages: 256
Formato: Capa Comum
Compre: Amazon
Mais Informações: Goodreads
Avaliação:

Justyce McAllister é um garoto de dezessete anos com um futuro brilhante pela frente. É um dos melhores alunos de uma prestigiada escola de Atlanta, tem uma mãe amorosa e um melhor amigo incrível. No entanto, um episódio de violência policial traz à tona que a distância entre ele e seu futuro é quase um abismo. Porque Justyce McAllister é negro, e isso significa que, muitas vezes, é julgado pela cor de sua pele. Ao ser agredido e detido injustamente, o olhar de Justyce desperta para um novo mundo, um lugar solitário em uma sociedade que insiste em vê-lo como ameaça ou como promessa de fracasso. Ele se dá conta, então, de que não pode mais fingir que não tem nada errado e decide iniciar um projeto: escrever cartas para Martin Luther King Jr., um dos mais importantes ativistas políticos pelos direitos dos negros, símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, morto em 1968. Ao tentar aplicar os ensinamentos de Luther King em sua vida, Justyce começa a trilhar um caminho para entender não só como deve reagir diante das injustiças, mas que tipo de pessoa ele quer ser. Em meio a questões familiares, desentendimentos com os amigos e complicações da vida amorosa, nas cartas ele expõe suas dúvidas, sua angústia, sua revolta e a percepção clara de que a sociedade não é tão igualitária quanto deveria.

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