Primeiro eu quero agradecer as pessoas que um dia me indicaram o primeiro livro dessa escritora. Eu estou no chão! Pelo que li Ano Um foi o primeiro livro que ela escreveu de fantasia e posso dizer que mesmo tendo lido vários livros dela e adorado esse sem dúvidas foi o melhor de todos, pois ela foi capaz de criar um mundo tijolo por tijolo e sustentá-lo até o fim. Esse é o primeiro livro da trilogia Crônicas da Escolhida e posso dizer que foi arrasador.

Para começo de conversa teremos um vírus mortal que atingirá o mundo e acabará matando mais da metade da população mundial, ele será conhecido como Catástrofe, nós começamos a história acompanhando o paciente zero e vemos como ele foi contaminado, mas se parar para pensar e depois é muito bem embasado ao decorrer da história, é tudo muito estranho o cenário em que aconteceu. O paciente zero acaba tendo contato com o restante da família que viajava com ele e assim que eles vão embora, cada um vai para uma parte do globo assim espalhando o vírus. O problema disso tudo é que os sintomas começam a aparecer nas primeiras 24 horas após o contato e em poucos dias a pessoa acaba morrendo.

Com tudo isso acontecendo e milhares de pessoas morrendo os serviços básicos começam a faltar junto com a violência aumentando é o chamado certeiro para instalar o caos nas cidades, principalmente nas grandes capitais. As casas e comércio começam a ser saqueados e as pessoas que escolhem seguir o caminho do mal vandalizam e atacam as outras pessoas. Porém junto com o vírus surgiu outra coisa, um certo poder em algumas pessoas que antes não sabiam que existiam ou já tinham mas era bem fraco e isso também dividiu os poucos que sobreviveram em bem ou mal. Quem conseguiu sobreviver ao vírus são os Imunes e são tanto humanos como Incomuns.

Nós conseguimos ver o que a escritora quis fazer aqui, ela escreveu sobre esperança em mundo caótico, sobre pessoas boas que só querem ajudar o máximo possível quem puder e dividir o pouco que tem para que todos tenham um pouco de conforto. Durante todo o livro acompanhamos exclusivamente três grupos de pessoas que buscam a mesma coisa, segurança e poder conseguir uma vida tranquila com o que sobrou para eles. Até conseguirem construir uma comunidade do zero onde precisam ter novas leis e novos governantes e viveram por um bom tempo assim em tranquilidade.

Porém com Nora Roberts não se brinca e nada fica tranquilo por muito tempo, e claro como é um trilogia precisamos ter um gancho para a sequencia e ela faz isso muito bem na última parte, temos um vislumbre de qual será o futuro da história e da mesma forma que ela não tem dó dos seus personagens ela cria relacionamentos do nada que se tornam tão fortes como se tivesse durado anos. Ao longo do caminho conseguimos ter uma noção de onde pode ter surgido essa doença, mas não vou comentar nada aqui pois é um spoiler.

Só posso encerrar essa resenha com palavras positivas sobre a forma que ela escreve sobre esperança e sobre como seus protagonistas são cheios dela. Quero o mais rápido possível colocar minhas mãos no segundo volume e torcer para a editora trazer logo o terceiro para nós.

Agora se quiser um pouco mais de conteúdo eu fiz um vídeo indicando esse livro, vem aqui para conferir 😉

Tudo começa na noite de Ano-Novo. A doença se alastra rapidamente. Em questão de semanas, a rede elétrica para de funcionar, as leis e o sistema de governo entram em colapso e mais da metade da população mundial é dizimada. Onde existia ordem, agora só há caos. E conforme o poder da ciência e da tecnologia diminuíam, a magia crescia e tomava o seu lugar. Em um mundo em que cada estranho no caminho pode representar a morte ou a salvação, nenhum deles sabe o que encontrarão. Porém, um novo horizonte os aguarda, a concretização de uma profecia ancestral que transformará a vida de todos os sobreviventes. O fim chegou. O início é o que vem agora.