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Crítica | Rua do Medo 1666 – Parte 3

28 agosto, 2021 por

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Sabe a sensação que ficamos quando descobrimos que o Lotso era na verdade o vilão de Toy Story 3? Pois é, minha mãe sempre falou que as aparências enganam… 

Terminamos 1978 com Deena juntando a mão com o corpo de Sarah Fier e sendo jogada num flashback para 1666, na ainda colônia de Union. A parte 3 entrega as origens da lenda da bruxa e sua maldição numa noite que mudaria a vida dos Shadysiders pelos próximos três séculos, além de tudo, também traz uma virada surpreendente e um bom conflito final. 

Enquanto a parte 1 se estabelecia como uma homenagem a filmes slasher dos anos 90 e a parte 2 contempla mais a era de ouro do subgênero, em meados dos anos 80, na parte 3, temos um apelo maior para outra vertente do terror, o folk horror. Muito marcado pela presença de uma vila rural isolada, uma floresta densa e uma constante presença do ocultismo, bem similar a produções bem marcantes das décadas de 60 e 70, como As Bodas de Satã (1968) e O Caçador de Bruxas (1968). Especificamente a parte 3 me remete ao clássico moderno do folk horror, A Bruxa (2015). 

Rua do Medo 1666 é facilmente o mais impactante da trilogia, consegue fugir do óbvio sem deixar o medo de lado, priorizando a história e seu desenvolvimento e uma atmosfera densa o suficiente para manter o espectador engajado. O filme não traz novos atores, os personagens apresentados são vividos pelo elenco já conhecido dos últimos títulos. É um artifício interessante, porque além de fazer bastante sentido, nos dá uma sensação de mais familiaridade e empatia com eles.

Peço a licença para divagar um pouco, infelizmente nos dias de hoje temos visto situações e movimentações que remetem ao ano de 1964, o ano inicial da ditadura militar. Claramente que dessa forma, nos leva a questionar o quanto evoluímos desde então. Leigh Janiak não somente revelou a maldição da bruxa, mas clareou a compreensão do nosso comportamento, que nos dias de hoje, se assemelha muitas vezes ao mesmo de séculos atrás. 

É claro que hoje não temos mais julgamentos em praças públicas, enforcamentos e etc., mas não significa que pessoas fora dos padrões sociais impostos podem andar livremente e sem medo por aí. Infelizmente, ainda há casos de violência baseados em medo, ignorância e opressão.

Além da trama excelente do título, quando compreendemos a dimensão do mito de Sarah Fier, somos levados de volta para 1994, na parte 2 do primeiro filme. Após a reviravolta em 1666, tudo que os antecessores estabeleceram é abalado e Deena descobre como lidar com a maldição e salvar sua namorada. E foi nesse momento que ficou claro como a água o quanto a Netflix acertou nesse formato híbrido de filme/série. A cada filme um sabor de terror era entregue e nos deixava ansiosos por mais. 

No fim, após o clímax do filme, é evidente que Shadyside terá um pouco de paz e justiça. Pelo menos por um tempo, já que os créditos nos mostram que há gente mal intencionada por ali. Como telespectadora emocionada e ávida #TeamBruxa, espero que isso signifique mais capítulos da franquia. 

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