Sabe aquele momento que você decide ler tudo o que uma determinada autora escreve, até a listinha de compra delas? Pois eu achei mais uma dessas para minha vida. Nicola Yoon escreveu dois livros perfeitos que li até agora e o primeiro deles já tem conteúdo aqui no blog. Dessa eu vez eu peguei para ler Tudo e Todas as Coisas, com a promessa que seria tão bom ou melhor que O Sol Também é uma Estrela, mas por muito pouco e por questões exclusivamente minhas que vou explicar mais para frente nessa resenha.

Nós vamos conhecer e acompanhar a história de Madeline pelo ponto de vista dela, ela é uma jovem que passou a sua vida inteira presa dentro de casa se protegendo de uma doença que a deixa vulnerável para praticamente tudo o que existe no mundo. Tudo o que entra dentro da casa é controlado, somente a mãe e a enfermeira Carla tem acesso a ela e mesmo assim passam por um processo de descontaminação na entrada da casa.

Como ela passou sua vida toda dessa forma ela está conformada e confortável com isso, ela e sua mãe criaram uma rotina e são muito próximas, afinal elas só tem uma a outra. A vida de Madeline para a gente que acompanha parece muito sem graça, pois apesar dela não ter problema com coisas coloridas a sua casa e suas roupas parecem mais com um quarto de hospital, com tudo branco e sem vida do que com uma casa onde mora uma garota apaixonada por livros e pela vida, mesmo sem saber como é o mundo lá fora.

As coisas começam a mudar quando eles recebem novos vizinhos e entre eles está Olly, um jovem muito bonito que chama a atenção de Maddie e então ela passa a querer conhecer mais dele e das coisas que o mundo pode oferecer. Nós temos personagens muito marcantes nesse livro e assim como no anterior que li, os protagonistas são personagens muito fácil de se apegar e de se apaixonar. Carla, a enfermeira dela, também acaba conquistando nossos corações e tem um papel muito grande dentro da história.

Eu estava esperando o pior conforme eu ia lendo a história, já estava me preparando para um final que criei na cabeça para que eu não me decepcionasse porque eu odiaria se tivesse acontecido isso, mas essa é a beleza de uma boa história, você começa a imaginar possibilidades para ela. Porém nada do que eu imaginei aconteceu, foi algo completamente diferente e isso me surpreendeu bastante o que eu gostei da resolução.

O fato da minha nota não ter sido cinco estrelas é que eu acabei pegando um leve ranço pela mãe da Maddie e talvez isso ocorreu porque achei que o final foi um pouco corrido demais. As coisas aconteceram muito rápido e não foi aprofundado, o que me deixou levemente desapontada porque com o final que ela escolheu eu senti que precisava de um pouco mais de desenvolvimento da história. Mas ao todo, o livro é muito bom, a história é linda e tensa ao mesmo tempo e te ensina muitas coisas a respeito da vida.

Eu gostei da dinâmica do livro, intercalado com mensagens trocadas e e-mails, listas e gráficos, deixa uma leitura rápida, leve e gostosa e também com capítulos curtos que faz com que passe muito rápido. Já sabemos que tem novo livro dessa autora e espero logo que chegue no Brasil porque claro, com certeza, irei ler.

"Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."